domingo, 25 de maio de 2014

Segunda parada: O texto quinhetista


O texto quinhentista é o testemunho de que nascemos sob o signo do estranhamento: somos frutos de uma relação intercultural marcada pela incompreensão mútua, gerada pela incapacidade de considerar o outro pelo que ele é.   Observe como se dá essa interpretação distorcida do outro na análise de textos quinhentistas (aqui, pg.94/95).

Agora compare com o texto sobre a relação do povo brasileiro em relação aos indígenas (aqui).

Depois de comparar o julgamento sobre o índio no passado e no presente, reflita: De que maneira podemos transformar a aula de literatura sobre quinhentismo em uma aula de cidadania?

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27 comentários:

  1. Com o primeiro texto, pode-se notar que depois de algum tempo os portugueses começaram a discriminar os índios, simplesmente pela forma de como eles viam a vida após a morte. Pude notar que Thevet e Léry deixaram um ar de superioridade, pois menosprezaram a religião indígena e a sua religião (cristianismo) ficou parecendo a superior. Para que transformemos a aula de literatura em uma aula de cidadania, eu penso que devíamos ter consciência do que é preconceito, e saber que todos nós o temos dentro de nós mesmos, só que algumas pessoas sabem lidar melhor com isso. Além disto, deveríamos analisar mais alguns textos quinhentistas para ver o que outros autores da época pensavam sobre tais indígenas brasileiros.

    Lucas Singulano

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    1. Boa ideia Lucas. Os textos quinhetistas poderiam servir de base para iniciar uma ideia do que é preconceito e como ele acontece.

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  2. Lendo os dois textos pude notar que os índios no passado e no presente são descriminados, ocorrem preconceitos e desigualdades. Tenho a ideia de que se na aula de literatura surgissem debates sobre o quinhentismo, a aula acabaria em um foco de cidadania, pois geraria vários novos assuntos, assim a professora e os alunos poderiam trazer mais informações, como textos para discutir na sala de aula.
    Fernanda Lima

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    1. Boa ideia Fernanda. A ideia de trabalhar o tema transversal da cidadania nas aula literatura permitiria realmente uma série de debates.

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  3. Durante o quinhentismo os europeus tentaram implantar a sua cultura em nosso país, os indígenas passaram a ser obrigados a seguir os costumes deles, principalmente a religião, o que mostra um preconceito por parte dos colonizadores. A cidadania é o exercício dos direitos e deveres de um cidadão, ela deve ser mostrada em sala de aula baseada nas mudanças desses direitos que desde a idade antiga não são cumpridos. O estudo da cidadania não deveria ser feito apenas nas aulas de literatura, mas também nas aulas de história. Com essas duas aulas podemos ver que o mesmo preconceito que existia dos romanos com os bárbaros e dos europeus com os índios ainda está presente em nossa sociedade. As pessoas continuam sem a capacidade de se colocar no lugar do outro que tenta defender sua cultura e modo de pensar, a maioria se sente superior ao outro e demonstra isso argumentando sobre o quanto a sua forma de agir e pensar é melhor, e ignorando contra-argumentos.
    Lara Mattos

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    1. Muito boa! Um trabalho interdisciplinar de literatura e história. Bacana.

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  4. Os índios sofrem desde a época do descobrimento do Brasil. Tiveram suas terras tomadas por pessoas estranhas que chegaram dominando, explorando e submetendo-os à fazer suas vontades. Sua cultura fora modificada por tais “visitantes” e suas crenças religiosas vistas com maus olhos, sendo discriminados e escravizados. E ainda hoje existe discriminações contra os índios, que desde sempre foram vítimas de nossa história, sendo portanto merecedores de nosso respeito. Devíamos nas aulas de literatura pensar nas seguintes questões: os índios eram considerados cidadãos? Hoje são tratados como qualquer outro cidadão, sem preconceito algum?
    Além disso, devemos estudar mais sobre o quinhentismo, mostrando e relatando o pensamento explorador dos portugueses perante nosso Brasil e nosso índios naquelas épocas, vendo-os como fonte de riqueza e poder. Ao vasculharmos cada detalhe dessa surpreendente história, saberíamos melhor como os índios sofreram e foram explorados, entendendo assim que hoje não são merecedores de mais sofrimento, racismo e preconceito, mas sim de muito respeito. Assim, estaríamos todos no caminho certo da cidadania.
    Priscila Matos

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    1. Seus questionamentos são muito interessantes e dão bons debates. Parabéns.

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  5. Desde sempre os índios são vistos como diferentes, a cultura desse grupo é vista como diferente, de difícil encaixe na sociedade antiga e atual. Não é pelo fato de terem cultura, língua, religião, costumes, hábitos, enfim, aspectos gerais distintos dos nossos que temos o direito de olhar com indiferença e formar pré-conceitos. Essa distinção cultural se alastra desde a chegada dos portugueses e, na minha opinião, hoje em dia ainda tem sido pior pelo fato de haver mais tecnologias e informações que povos indígenas ainda não estão aptos a adquirir. Mais do que nunca, devemos tratar de assuntos como esse que integram nossa sociedade e enriquecem as aulas de quinhentismo, afinal essa discussão é fortemente encontrada nesse gênero literário. Devemos tratar disso para que não haja mais a rejeição de opiniões opostas, de culturas distintas, de maneiras de agir e pensar diferentes. Podemos transformar a aula de literatura em cidadania tratando justamente dessa rejeição presente nas descrições de cronistas da época, com propósito de compreender qualquer diversidade cultural.
    Amanda Dias Variz

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    1. Concordo. Esse é o barato do texto literário: ele é atemporal. Um texto escrito em 1500 continua sendo atual e servido como base para discutir a sociedade do nosso tempo.

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  6. Assim que chegaram no Brasil, os europeus tentaram implantar sua religião, seus pensamentos e seu modo de viver na cultura do povo que aqui vivia. Com todo o ar de superioridade, eles acreditavam estar tratando com um povo ''irracional'', sem costumes e sem identidade. Os índios foram discriminados pelo simples fato de como viam a vida após a morte, consequentemente, a religião indígena era menosprezada, considerada pelos próprios europeus inferior ao cristianismo. Para que as aulas de literatura sobre quinhentismo sejam transformadas em aulas de cidadania, devemos estar cientes do que é o preconceito e, no mínimo, entender a postura dos indígenas, que defenderam seus costumes á todo custo frente a um povo que se considerava superior e não se abria para ideias diferentes.
    Victor

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    1. Sim, precisamos levantar o conceito de preconceito para que possamos percebe-lo acontecendo no texto, na fala e nos gestos tanto das pessoas do passado quanto no presente.

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  7. Vivemos em um mundo, no qual há uma mistura de cultura, etnia e raças. Uma sociedade que diz que ninguém é melhor que ninguém. Mas na prática não é bem assim. Em pleno século XXI ainda existe tamanho preconceito contra indígenas e negros. Esse é um ‘’costume’’ que se data desde a chegada dos colonizadores europeus. Os Indios que viviam no ‘’paraíso’’ passaram a viver de situações bárbaras e vergonhosas. Desde sempre são tratados como ignorantes e selvagens, e são bastante ignorados pela sociedade. São tratados como se todos fossem iguais, que só falam uma língua, não tem sentimentos e só vivem da caça e pesca. Como são minoria da população total brasileira (portanto, uma minoria social), eles ficam à margem de direitos fundamentais a todos os cidadãos e de seus direitos específicos, previstos na constituição. Apesar de a cidadania indígena ser um tema discutido, ele ainda não é aceito pela população, nem visto como um cidadão. É isso que falta por parte do restante da sociedade, reconhecer o índio como um cidadão, nem inferior nem superior, mas igual a nós. Esse é um tema que além de ser discutido em sala na Literatura, deveria ser discutido na sociologia, que trata-se da sociedade em geral, e em história, matéria na qual é abordada assuntos desde o principio das civilizações.
    Bruna

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    1. Boa ideia. A literatura inicia o debate trazendo os textos quinhetistas, a história, o causas e consequências e a sociologia os conceitos.

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  8. Após as análises dos referentes textos pode-se notar uma discriminação em relação aos índios pois, em seu próprio texto Ana você cita que " somos frutos de uma relação intercultural marcada pela incompreensão mútua, gerada pela incapacidade de considerar o outro pelo que ele é", ou seja, ao realizar essa citação seu intuito foi de ressaltar o preconceito que marca presença tanto em nossa sociedade atual como em antigamente. Mas devo ressaltar que essa discriminação pode ter sido iniciada com o encontro dos portugueses com os índios porém, atualmente ela perdura com negros, homossexuais entre outras partes de nossa sociedade. No texto sobre Léry e Thevet esse preconceito é mais do que visível pois, em momentos do trecho os dois cronistas meio que ridicularizam os índios por estes pensarem em vida após a morte, sendo esta ridicularização causada pelo fato de os cronistas acharem que o Cristianismo é superior a religião Indígena. E o quinhentismo é um assunto de grande interesse por nossa parte já que estamos falado de discriminação pois, estes textos visavam em relatar as riquezas que as terras conquistadas continham, (voltando ao assunto do descobrimento do Brasil por parte dos portugueses) e de propagar a fé cristã como sendo essa superior às demais. Para que transformemos nossas aulas de literatura sobre Quinhentismo em aulas de cidadania devemos não fazer iguais aos portugueses que se achavam superiores e sim fazer com que as diferenças étnicas presentes em nossa sociedade sejam artefatos encarados de forma igualitária pelas pessoas sem que um se acha superior ao outro. E devemos fazer o contrário citado por você Ana devemos " ser frutos de uma relação intercultural marcada pela compreensão mútua, gerada pela capacidade de considerar o outro pelo que ele é".
    Lucas Góes.

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    1. Muito legal essa ampliação da ocorrência do preconceito, Lucas. O preconceito é o mesmo, só muda o alvo. Parabéns pela observação.

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  9. Ao chegarem em terras brasileiras, os europeus maravilharam-se com tamanha variabilidade de belezas aqui presentes. No entanto, com o notório sentimento de superioridade, deram início a discriminações e ofereceram aos nativos nada mais que sua incompreensão, visto que não houve esforço algum por parte destes em relação ao ato de respeitar, mesmo sem o interesse de aderir. A cultura dos povos indígenas, obviamente, muito se diferia da cultura dos povos da Europa, o que não justifica de modo algum a relação de superioridade por eles estabelecida, porém é o que infelizmente ocorreu e ainda ocorre na sociedade contemporânea. Índios, independentemente do meio no qual vivem e se relacionam, devem ser vistos como todos somos, cidadãos. E para tal, é necessária uma visão correta sobre o que é ser um cidadão. Uma boa aula sobre cidadania em meio a temática do Quinhentismo, a meu ver, abordaria amplos temas sobre o que é receber e, a cima disso, exercer o papel de cidadão na sociedade. Sair do nosso contexto rotineiro e buscar pela crua realidade na qual vivem índios, negros e todas as outras raças que, devido ao seu absurdo contexto histórico, sofrem ainda hoje.
    Bianca

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    1. Concordo plenamente, cortar o discurso didático da apostila e deixar sagrar a realidade para aprender com o choque. Gostei.

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  10. O preconceito contra os índios não é recente, é algo que está enraizado em nosso país, grande parte das pessoas não aceita, não concorda e não entende uma forma de cultura diferente. Esse modo de ver a cultura indígena com preconceito pode ser percebido através de textos quienhentistas que passaram a criticar o modo de vida dos nativos brasileiros, o que não acontece de forma diferente na atualidade, o tratamento muitas vezes intolerante perante aos índios mostra vestígios do modo de pensar dos nossos colonizadores. Portanto para transformar as aulas de literatura sobre o quinhentismo em aulas de cidadania é preciso conhecer mais textos desse movimento para que posamos relaciona-los com nossa realidade, e evitar o mesmo pensamento, já que toda e qualquer cultura tem sua valor e merece respeito.
    Gabriela Fernandes

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  11. Lendo o texto sugerido,podemos perceber que não só hoje,mas desde a "descoberta" do Brasil o índio vem sendo discriminado,isso tudo porque os portugueses se sentiram superior ao encontrar pessoas de custumes,crenças,religião entre outras coisas diferentes.Eles acreditavam que o jeito deles viverem era o certo,já os índios também poderiam pensar o mesmo,mas mesmo assim,tudo o que era antes, foi perdido através da pressão que os portugueses fizeram.O quinhentismo pode ser relacionado com cidadania,pois devemos sempre lembrar que somos iguais diante de todas as diferenças,e que a discriminação e o preconceito não só de índios,mas de tudo que está fora do nosso padrão de vida tem que acabar.E para a criação de um futuro melhor basta cada um pensa no seu ato e mudar o modo de ver o mundo,pois isso tudo vem de nós,e com todos unidos podemos acabar logo com isso.
    Tífany

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    1. Concordo. Precismos sempre nos analisar e mudar velhos e preconceituosos hábitos adquiridos.

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  12. Ana só complementando o que eu havia dito em meu texto para transformarmos nossas aulas sobre Quinhentismo em cidadania devemos tomar como base esses textos e associá-los com nossa vida social para que ações preconceituosas não aconteçam mais.
    Lucas Góes.

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    1. Ou seja, não basta ler o texto, tem que discuti-lo também, refletir sobre a realidade que ele nos trás.

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  13. Tanto no passado quanto no presente os índios sempre foram discriminados, devido as grandes diferenças entre a sociedade indígena e o resto da população brasileira, sendo assim, ao estudarmos o Quinhentismo podemos estabelecer relações entre os textos que registravam a relação dos portugueses com os índios e alguns textos atuais que mostram principalmente o preconceito entre negros, brancos, índios, etc. Ao relacionarmos esses textos, percebemos que o preconceito nao é algo recente, pois desde a "descoberta" do Brasil ja havia preconceito contra os índios, considerados pelos portugueses como seres inferiores. Percebendo isso, podemos iniciar em sala de aula uma discussão onde o tema seria o preconceito, assim cada um poderia propor uma maneira diminuir a desigualdade social existente no Brasil.

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    1. Sim, você tocou em um ponto bacana da cidadania: a ação. Não basta reconhecer o problema, o cidadão é aquele que age conscientemente para resolver o problema percebido.

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  14. Tanto no passado quanto no presente os índios sempre foram discriminados, devido as grandes diferenças entre a sociedade indígena e o resto da população brasileira, sendo assim, ao estudarmos o Quinhentismo podemos estabelecer relações entre os textos que registravam a relação dos portugueses com os índios e alguns textos atuais que mostram principalmente o preconceito entre negros, brancos, índios, etc. Ao relacionarmos esses textos, percebemos que o preconceito nao é algo recente, pois desde a "descoberta" do Brasil ja havia preconceito contra os índios, considerados pelos portugueses como seres inferiores. Percebendo isso, podemos iniciar em sala de aula uma discussão onde o tema seria o preconceito, assim cada um poderia propor uma maneira diminuir a desigualdade social existente no Brasil.

    Leonardo

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