quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Um apólogo

"Um apólogo" é um dos contos mais conhecidos de Machado de Assis. A adaptação aqui apresentada é de um importante cineasta brasileiro, o mineiro Humberto Mauro. Essa adaptação é excelente, não só pela integridade do texto, mas também  pela "proximidade" que este filme possui em relação ao contexto histórico (31 anos depois da morte de Machado) as imagens do Rio de Janeiro e o figuro, ilustram muito melhor a época que qualquer outra adaptação.  Além disso, é fantástico ver como o Humberto Mauro foi criativo para realizar a fábula a partir dos meios que dispunha na época para os efeitos especiais: tenha em mente que este filme foi produzido em 1939!


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Exposição literária 2

Literatura contemporânea sempre rende uma boa exposição, graças ao seu caráter lúdico e interativo. Esse foi um dos primeiros trabalhos práticos, de natureza concreta que fiz e que me estimulou a pensar e criar novos materiais e métodos para realizar aulas mais práticas e dinâmicas.















Amor e Literatura, sempre!



*material que circula na internet

Você é romântico?


*material anônimo que circula na internet

Identificando documentos antigos

A atividade prática só tem realmente sentido se ela simular algo real e, portanto, contextualizar a aula dentro de uma realidade.

Essa foi a intenção quando produzi esse material concreto para tornar as aulas de literatura mais dinâmicas e práticas.

Para produzi-lo, selecionei vários poemas barrocos e árcades e imprimi com fontes que imitam caligrafia manuscrita antiga e rebuscada, não inclui o nome dos autores propositalmente. Depois, envelheci as folhas de A4 com café. (existem muitas receitas na internet) aproveitei, enquanto as folhas estavam úmidas para danificá-las um pouco -deixando-as amassadas, rasgadas, furadas, etc. Depois de secas, coloquei cada "documento" em uma folha plástica de pasta catálogo e inventei um código para cada um (P12-1997, por exemplo).

Depois, distribui para cada aluno um desses "documentos" dentro mesmo do plástico e dada a seguinte situação: Todos eles eram pesquisadores do IPHAN e tinham como tarefa tentar definir a data do documento através da análise de seu conteúdo.

 Para ajudar fiz uma tabela para orientar os alunos para analisar as características dos poemas e definir se se tratava de um poema barroco ou árcade. Depois era só pesquisar na apostila a época do movimento literário, em alguns casos os alunos conseguiram identificar o autor do poema e assim, conseguiram datar o documento.

Finalmente, com um modelo de Parecer Técnico, o aluno deveria escrever os resultados de sua pesquisa em formato de um documento técnico, que serviu como avaliação final.




Tradução de poemas

A tradução de poemas é um exercício muito bom e permite desenvolver muitas habilidades diferentes:

Desenvolver vocabulário e estrutura sintática, pois o aluno ao traduzir poemas com estruturas sintáticas investidas e complexas, amplia a sua experiência linguística;

Desenvolve a leitura, tonando o aluno um leitor mais malicioso, pois o aluno conscientiza-se sobre os detalhes e informações escondidas no uso de certas palavras e uso de outros recursos linguísticos, como uma linguagem mais abstrata ou pomposa;

Desenvolve a consciência do espírito romântico através da constatação do conteúdo muitas vezes insinuante, muitas vezes indecoroso, dos poemas românticos, percebendo empiricamente a quebra de padrões e a busca pela liberdade juvenil.


 O Trabalho consiste em traduzir para linguagem contemporânea (gírias e expressões populares), poemas de grandes nomes da literatura romântica. Para isso, eu selecionei vários poemas, entreguei um poema diferente para cada aluno, dicionários e prestei orientações em sala, deixando os alunos explorarem o texto livremente.

O resultado foi reunido em um livro, no qual é apresentado a versão original e a tradução do aluno.


Poema-objeto

Esta projeto foi uma realização interdisciplinar, na qual as disciplinas de literatura - teoria literária, estrutura e elementos do gênero lírico - e redação - o conceito de voz textual - se uniram para que os alunos pudessem criar vozes textuais próprias e diferentes de si e fazer com que essas vozes se expressassem por conta própria. Daí a produção de poemas sobre a juventude, criados a partir da reflexão e encarnação do espírito da juventude.



Para representar o espírito da juventude, além do poema, no qual o eu-lírico era a juventude e não o aluno de carne e osso, os poemas foram apresentados com objetos que estão presentes no cotidiano dos jovens e representam seus gostos e hábitos.







Exposição sobre literatura contemporânea 1

Trabalhos produzidos para a 2ª Mostra de Arte e Literatura do Cener.

Neles estão resumidos os principais movimentos contemporâneos. Com os movimentos foram pesquisados por grupos diferentes de alunos. As aulas teóricas sobre os movimentos foram dadas por mim, através dos materiais produzidos pelos alunos, que espalhados pela sala, deram à aula uma dinâmica de exposição.





Diversos objetos além das obras literárias de Harry Potter, do acervo pessoal do aluno André Paes, representaram a literatura fantástica 

A literatura interativa iniciada nos anos 70 com experiências concretistas até os complexos sistemas de RPG, fazem parte dos diálogos contemporâneos da literatura
A exposição ressalta a principal ponto de interseção formal  do  RPG e da literatura contemporanea: a interatividade
Concretismo: a palavra objeto
 
Alunos experimentando a concretização da palavra pela literatura


Literatura policial: da literatura para a TV

Tropicalismo: diálogos infinitos entre literatura e música

Experimentando o ponto de vista do marginal (do poeta marginal)

Cosplay literário

Esse foi um trabalho muito legal, em que os alunos literalmente se envolveram...

O projeto consistiu em

1. Criar uma obra literária segundo os preceitos das vanguardas europeias, para isso dividi os movimentos vanguardistas entre os alunos;

2. Representar o artista mais famoso ou que inspirou a obra apresentando e explicando sua obra para o público.

Aluno representando o Dadaísmo na pelo de Tristan Tzara, apresentando seu poema dadaísta

Aluno apresentando sua colagem surrealista na pele de Salvador Dali

A montagem futurista apresentada por Marinetti cover

O expressionismo representado por montagem gráfica de Anita Malfatti conver.

Pablo Picasso  cover em montagem cubista.


Caixa modernista

A caixa modernista é um material concreto muito legal para aulas de literatura. Uma pequena estar esgotada!


Depois de muito falar sobre a semana de arte moderna e trabalhar com os conteúdos que postei aqui mesmo neste blog, deixei os alunos manipularem os materiais livremente. Descobrindo através de um arquivo "descoberto" um pouco mais do passado.



Aula com música

Dever para próxima aula: baixar música x e sua letra, trazer celular e fone de ouvidos para próxima aula!

Marquei esse dever 3 vezes no ano de 2014 para trabalhar três tópicos diferentes: figuras de linguagem, estudo de relatos e modernismo de 1ª fase.

  • O uso de música no celular foi feito em uma aula de redação sobre relatos. Durante uma aula teórica, um aluno exemplificou um relato citando uma música. Achei interessante a possibilidade de usar letras de música para fixar o conceito de relato e problematizar essa "classificação de gênero" com exemplos textuais apresentados pelos alunos. Por isso, marquei como dever, procurar uma música que trouxesse em sua letra um relato pessoal e baixá-la no celular e levá-la para sala. O resultado não poderia ser diferente:a animados cada aluno apresentou a música que ele achava ser um relato, em seguida ponderávamos sobre a letra, se era mesmo um relato ou não e por que era ou não.

  • O uso de celular em sala para estudar figuras de linguagem, deu-se a partir do seguinte plano:

Depois de demonstrar teoricamente as figuras de linguagem, separei algumas músicas que sabia que trariam um ou mais tipos de figuras de linguagem (p.ex. Construção, Pedro Pedreiro, Cálice do Chico Buarque; Skap e Heavy Metal do Senhor do Zeca Baleiro; Drão, Domingo no Parque do Gilberto Gil etc).

Cada aluno recebeu por sorteio uma música, como dever pedi que baixassem em seus smart a letra da música e a música, que trouxessem também algumas referências sobre o contexto histórico da música e trouxessem tudo isso mais um fone de ouvido para a próxima aula.

Com a letra da música e a música em mãos, fui orientando uma investigação do trabalho poético presente na letra da música: primeiro pedi que ouvissem a música (sem a letra) e prestassem atenção em qualquer "brincadeira" sonora que percebessem; depois que ouvissem novamente a música, mas agora acompanhando a letra por escrito e identificando figuras de sentido e pensamento.

  • O uso do celular em sala para estudar a 1º fase modernista, foi semelhante a metodologia anterior, porém foi pedido apenas que baixassem, a música "Trenzinho Caipira". Em sala, fui orientando os alunos primeiro para prestarem atenção em sons que lembravam o princípio estético de uma vanguarda europeia, depois deveriam ouvir de novo, mas agora prestando atenção em sons que lembravam a natureza ou algum símbolo de nacionalidade. Na terceira e última vez, afirmei aos alunos que a música possuía uma "narrativa" e pedi que identificassem quem era o personagem da música e a história que música contava sobre ele.

Em todas as três aulas, o resultado foi muito bom: os alunos primeiro ficaram curiosos, depois um pouco confusos, e finalmente absortos em suas atividades e entusiasmados com as descobertas. Para a maioria dos jovens, que estão muito acostumados a prestar atenção no conteúdo da letra, prestar atenção em outros recursos sonoros, ou mesmo ouvir uma música sem letra é uma experiência totalmente nova, diferente, o que permite criar uma situação de aprendizagem de "descoberta" muito bacana.